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Orquestra Jovem emociona público na abertura da Bienal do Livro de Guarulhos

A forte chuva que caiu no início da noite desta sexta-feira (30), em Guarulhos, não impediu que a Orquestra Jovem Municipal de Guarulhos (OJMG) apresentasse um dos mais tocantes espetáculos já vistos, durante a solenidade de abertura da Bienal do Livro de Guarulhos. O Prefeito Guti, o Secretário de Educação, João Carlos Pannocchia, servidores da Educação e demais secretarias prestigiaram a abertura.

Foto: Nicollas Ornelas

“Gostaria de parabenizar toda a equipe envolvida na realização desse grande evento, que dá enorme visibilidade para nossa cidade ao trazer importantes nomes da literatura, mas principalmente, por destacar a participação de nossos escritores locais”, vibra o prefeito, enfatizando o espaço oferecido para que autores guarulhenses pudessem apresentar suas obras e conversar com os visitantes durante a Bienal.

Foto: Nicollas Ornelas

Emocionante e repleto de composições que evidenciaram a história da música de orquestra, o espetáculo da OJMG apresentou um breve recorte de alguns dos mais importantes nomes da música erudita internacional, como Bach, Mozart e Beethoven, Brahms e Mascagni, sem deixar de lado, é claro, compositores nacionais de renome, como Villa Lobos e Edmundo Villani-Côrtes.

Programação

A Bienal do Livro, que tem como tema “Páginas que Conectam”, acontece até o dia 9 de dezembro no Parque Linear Transguarulhense, no Parque Continental.

Neste sábado, dia 1 de dezembro, a partir das 10h, no Auditório 3 – Dom Quixote, o evento destaca bate-papo e sessões de autógrafos com autores guarulhenses. Logo mais às 14h, acontece a palestra “Literatura fantástica, muitas jornadas para criação de histórias”, com Eduardo Kasse, no Auditório 2 – O Menino Maluquinho. Às 16h, a palestrante Daiana Garbin aborda o tema “Fazendo as pazes com o corpo”, no Auditório 1 – O Pequeno Príncipe. O destaque do segundo dia de evento fica por conta da palestra “Como encarar a solidão”, com o historiador Leandro Karnal, às 18h, no Auditório 1 – O Pequeno Príncipe.

O evento conta com aproximadamente cinquenta estandes oferecidos às editoras e três auditórios, onde serão realizados os espetáculos, palestras, contação de histórias, dentre outras atividades, proporcionando um circuito de oportunidades aos estudantes, pesquisadores, professores e munícipes.

A Bienal do Livro é mais uma ação da Prefeitura de Guarulhos que tem por objetivo incentivar a leitura e aproximar os autores do público, crianças, adultos e da comunidade em geral, contribuindo para melhorar a qualidade social da Educação na cidade.

Alunos da EJA participam de palestra com o poeta Sérgio Vaz

Foto: Nícollas Ornelas

Nesta sexta-feira, (30), dando início a programação da Bienal do Livro de Guarulhos 2018 “Páginas que Conectam”, os alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) da Rede Municipal, participaram da palestra ministrada pelo poeta e escritor Sérgio Vaz, sobre “Poesia contra violência e incentivo à leitura e a criação poética”. As atividades para os alunos da EJA, acontece de segunda a sexta-feira, às 20h, no auditório 2 – O Menino Maluquinho.

Levando o público a refletir sobre literatura e arte, proporcionando entretenimento, conhecimento e informação, abordando assuntos ligados a ações culturais, suas experiências com a leitura na infância e seu desejo de contribuir na periferia onde nasceu.

“Quando criança achava que ser poeta era apenas para pessoas intelectuais, ainda mais para pessoas que moram em regiões tão violentas.  Ao ler a história de ‘Dom Quixote’ despertou em mim o prazer pela leitura, e assim percebi que poderia tocar o coração das pessoas, levando cultura para o meu bairro” relembra Sérgio Vaz.

Além de poeta e escritor, Sérgio Vaz também é agitador cultural, idealizador da Semana de Arte Moderna da Periferia e fundador do Sarau da Cooperifa, um espaço literário na zona sul da cidade, que, há 16 anos, atrai jovens de comunidades interessados em arte.

Nesta edição, cerca de 20 mil estudantes da Rede Municipal são esperados, oferecendo diversas atrações, editoras para diversos gêneros literários e de qualidade.

Lançamentos

Para os admiradores da literatura marginal, a editora LiteraRUA recebe amanhã, sábado, às 17h, o escritor Rashid, para um bate-papo e sessão de autógrafos em seu primeiro livro “Ideias Que Rimam Mais Que Palavras”, para o público aproveitar e venha conhecer.

A Editora conta ainda com mais dois lançamentos um do livro: “Café”, da poetisa Dona Jacira, no dia 8 de dezembro, que conta a luta de uma mulher que se recusou a desistir da vida, na busca por um mundo melhor e com menos desigualdades e do livro “O Nômade de Gaspar Z’Àfrica Brasil”, com músicas do áudio-book e músicas clássicas do Gaspar.

Djamila Ribeiro fala sobre feminismo negro na tarde desta sexta-feira

“Quem tem medo do feminismo negro?” (Cia das Letras, 2018), obra da filósofa, escritora e militante negra Djamila Ribeiro foi tema da palestra na tarde desta sexta-feira (30), no Auditório Menino Maluquinho, na Bienal do Livro de Guarulhos. Durante o encontro, a escritora abordou o processo de silenciamento do feminismo negro, sobretudo nas universidades, resultado da discriminação velada nesses espaços.

O questionamento de privilégios e a existência de grupos que oprimem os negros, sobretudo as mulheres, foram o foco de argumentos bastante pontuais: “Quem se incomoda com o feminismo, principalmente o feminismo negro, é justamente aqueles que não desejam uma transformação verdadeira da sociedade, que não entendem que as mulheres, que são 27% da população, também têm direito à humanidade, à ocupação de espaços e a ter direitos, questões às quais a obra trata, quando fala de feminismo”, explica Djamila.

Ensaio autobiográfico, “Quem tem medo do feminismo negro?” reúne uma seleção de artigos publicados por Djamila entre 2014 e 2017, no blog da revista CartaCapital. Em seu processo de descoberta enquanto ativista feminista, que envolveu o entendimento de que era necessário tomar à frente e pautar temas ligados à discriminação racial e o lugar de fala da mulher na sociedade, a autora recorda de seu percurso como estudante do curso de graduação em Filosofia e no mestrado em Filosofia Política na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e de sua atuação como professora na Escola Estadual José da Costa Boucinhas, no Jardim Cumbica, em Guarulhos.

Nascida na cidade de Santos, Djamila coordena a coleção Feminismos Plurais, da editora Letramento, que na contramão de iniciativas que dão pouca ou nenhuma atenção a escritores negros, lançou obras de autores como Joice Berth, Juliana Borges, Silvio Almeida, entre outros, além de “O que é lugar de fala” (2017), da própria Djamila Ribeiro.

“Nosso desejo é fazer as pessoas refletirem criticamente sobre o que é o feminismo negro, pois há muitas distorções e posturas enviesadas, acredito que, nesse sentido, a obra contribui para mostrar a elas que o que queremos é coexistir numa sociedade sem violência”, explica a autora sobre a necessidade de legitimação de posicionamentos e de tomada de atitude.

A Bienal do Livro, que tem como tema “Páginas que Conectam”, acontece até o dia 9 de dezembro no Parque Linear Transguarulhense, no Parque Continental. O evento conta com aproximadamente cinquenta estandes oferecidos às editoras e três auditórios, onde serão realizados os espetáculos, palestras, contação de histórias, dentre outras atividades, proporcionando um circuito de oportunidades aos estudantes, pesquisadores, professores e munícipes.

A Bienal do Livro é mais uma ação da Prefeitura de Guarulhos que tem por objetivo incentivar a leitura e aproximar os autores do público, crianças, adultos e da comunidade em geral, contribuindo para melhorar a qualidade social da Educação na cidade.